COLECÃO: DELINEARES CAÓTICOS ENTRE CURVAS E ARRANHA CÉUS
Artistas nada convencionais. Thierry Mugler, o maior expoente na moda no fim dos anos 70, que conquistou o mundo em toda a década de 80 e entrou para a alta costura nos anos 90 com seu término nesta mesma década, sendo um dos ícones da vanguarda do séc. XX. Zahah Hadid arquiteta iraquiana identificada com a corrente desconstrutivista da arquitetura. As obras que inspiraram esta coleção são de caracteres conceituais, e boa parte ainda não foram idealizados. Baseado no aspecto da estética futurista e não-convencionalista quanto às formas na arquitetura e na moda desenvolvemos a coleção
Percebe-se a influência desses dois artistas e suas obras na coleção TIDIR IV pelas formas orgânicas e irregulares, o orgânico vem tanto das referências de Thierry Mugler, com o orgânico, como seus insetos e sua cintura vespa e a irregularidade que encontramos também nas obras do trabalho de Zahah Hadid, que constroem os 4 looks compostos nesta coleção.
CARTELA DE CORES : VERMELHO, PRETO, PRATA E BORDO.
O verão de 2010 traz uma proposta de reflexão em conceitos de preservação do planeta. Tingimentos naturais são tendência e a palavra chave da estação é drapeado. Com a comemoração do ano da França no Brasil e inspirados na grande estilista dos anos 30 Jeanne Lavin a coleção propõe um mix de tecidos e tingimentos naturais com o toque de luxo e requinte de Lavin. Inspirados no tema “Preservar é um consumo necessário” os estilistas linkaram o futurismo à proposta de forma muito sutil, propondo como o idealismo de futurismo a chamada à consciência de que é possível optar por produtos que degradem menos o meio ambiente. A coleção é composta por uma linha vestidos longos, de alta costura e ricos em bordados. O diferencial está nos tecidos utilizado e os tipos de tingimentos que irão ser aplicados, em sua maioria natural ou que poluam menos a natureza. A cartela de cores é composta do azul (Lanvin), verde e tons pastel. Além da linha de roupas, a marca ainda conta com uma coleção de bolsas e calçados.
terça-feira, 9 de junho de 2009
O individual futuro
O estilista liga se ao tema por sua personalidade e ousadia, o mesmo confere a mulher a liberdade de possuir um guarda roupa andrógeno sem perder sua feminilidade. Tudo isso ressalta o caráter de independência e vanguarda intrínseco nos looks criados por Yves Saint Laurent na época.
Para a criação da estampa desenvolvida utilizamos a técnica de quadros. Nesta usamos cápsulas de remédios que representam: auto estima, proteção e independência, com o propósito de representar ausência de necessidades que um individuo possa ter.
Interligando o futurismo e o individualismo, trabalhamos com formas rígidas e certo exagero nas proporções. A intenção é criar um look forte e de presença marcante, sem perder de vista a sobriedade. Mantendo as características tradicionais do smoking optamos por reforçar seu corte de alfaiataria e cores sóbrias. Intensificando a questão individual e simbolizando a idéia de auto-suficiência, buscamos exaltar a gola do smoking dando a sensação de fechamento para um mundo interno, onde o indivíduo não se deixa afligir pelas mazelas sociais ou pessoais, tornando-se um ser egocêntrico e seguro de si.
O futuro que enxergamos é esse, e o seu? A trilogia Mad Max e o estilista Jean Paul Gaultier Servem de inspiração para construção do futuro.
quarta-feira, 3 de junho de 2009
Madeleine Vionnet x Futurismo
Release
O verão 2010 vem homenageando os 100 anos de futurismo e a estilista Madeleine Vionnet, enriquecido de conceitos da metareciclagem, do filme Wall-E , e do artista plástico Nuno Ramos.
Vestidos finos, longos, de alta costura, bem detalhados com uma mesclagem entre tecidos fluídos e armações rígidas que compõem a mini coleção.
Elementos visuais do Wall-E, Vionnet e futurismo foram a base da criação. Os demais temas estão presente de maneira subentendida, estimulando assim a criatividade dos espectadores.
Musselina e micro-tule trasmitem um “ar” requintado e clássico, já os tecidos entretelados logo rígidos aparecem para contrapor.
Materiais diferenciados, como o reaproveitamento do lixo eletrônico, aparecem de forma inusitada e inesperada, assim como funções redefinidas para objetos já existentes.
Cores como amarelo, ferrugem, branco, preto e cinza são as principais.
Mescla de texturas, uma estamparia exclusiva e forte marca presença.
Lembranças transmitem sentimentos e as sensações ativam a memória. Um mundo já conhecido merge por meio de uma nova beleza. É uma vontade do familiar do próximo.Devemos sonhar perpetuando a dignidade e a ética que nos foi dada de herança.
Embasados no regresso dos antigos valores, e no acolhimento ao natural, nossa proposta integra valores que achamos que estão perdidos e que serão bsucados agora para o presente. Os looks propostos interagem nesta temática, sejam nas escolhas de tecidos naturais, tingimentos com corantes provindos da natureza , fluidez dos shapes e o uso de folhagem, que remetem claramente o tema por nós proposto. Nos inspiramos na simplicidade do natural e em sua beleza, bebendo da fonte do renomado estilista Lacroix, criaremos um produto que surpreenda as mais exigentes que consomem a marca parisiense.
Os looks são baseados na Chanel e tem como inspiração as silhuetas dos anos 20, solta no quadril oferecendo movimento, praticidade e conforto à mulher, aliada ao tema relacionamento através das novas mídias, que está sendo representado no primeiro look através das micro-telas de computador com tecido tecnológico metalizado, conectadas através das correntes amarradas com o laço, remetendo à idéia de como ocorrem as relações virtuais através das novas mídias. O segundo look representa o tema através das simulações de pastas de arquivos de computador na saia do vestido e a silhueta lembrando a modelagem da Chanel dos anos 20.
O tema escolhido “Tecnologia: degradação ou solução?” foi relacionado à Dior conciliando as suas formas criadas na década de 50 com a contemporaneidade da marca, atualmente comandada por John Galliano.
Outro ponto de relação entre Dior e o tema é a questão do capitalismo, o modo de se utilizar o poder a favor de todos, ou não. Dior foi revolucionário ao instigar às mulheres de sua época ao excesso, buscando a satisfação pessoal em um período de recessão. Esta foi uma ideologia capitalista, que levava ao consumo exacerbado, porém ele obteve sucesso. Atualmente o mundo é tomado por este mesmo pensamento, contudo, com a relação ao futuro do planeta e as novas tecnologias, cabe aos ‘poderosos’ decidirem o melhor caminho a ser seguido.
Croquis
O look que representa a tecnologia usada para fins benéficos demonstra que é possível a relação entre tecnologia e natureza e que as duas podem sim andar juntas, havendo um respeito mútuo e muita conscientização da parte do ser humano. A silhueta foi baseada nas formas de Dior, casando a cintura marcada e a saia volumosa do “New Look” com os ombros destacados da linha Y. A parte superior do vestido é composta por juta e fios de cobre que descem contornando a cintura e terminando nas ondas fartas da saia. Os fios simbolizam as raízes e os fios eletrônicos. A saia é de tecido tecnológico, feito de garrafa pet e algodão orgânico tingido com casca de cebola. A estola é igualmente feita de algodão orgânico é tingida com corante natural.
Este look mostra o lado ruim da tecnologia e como ela pode afetar o mundo. O vestido, de poliéster, imita sacos de plástico usados para colocar lixo por grande parte da população e que demoram a se decompor. O colar tem como matéria-prima principal pilhas, que após utilizadas, quando jogadas fora inadequadamente se tornam um grande risco para o meio-ambiente. O lixo radioativo liberado por esse tipo de poluição é representado pelo amarelo, que se encontra no vestido, no cinto e no sapato, que será simbolizado pelo verniz amarelo. O vestido é inspirado em Dior, os ombros volumosos representam a linha Y, já a saia igualmente expressiva é a representação do “New Look”.
Essa peça foi criada com o intuito de mesclar em um único look uma tecnologia que ao mesmo tempo que nos traz beneficios, se usada de maneira incorreta pode nos prejudicar. É o caso das lâmpadas fluorescentes, que são conhecidas por serem econômicas e mais eficientes que as incandescentes, porém, se quebradas, o vapor de mercúrio além de contaminar e prejudicar a atmosfera, se deposita no solo, rios e lençóis freáticos alcançando a cadeia alimentar e causando danos ao seres humanos. A parte superior do look tem o formato de uma lâmpada fluorescente e representa a silhueta y de Dior, onde os ombros ganham destaque. Para ela, será utilizado tecido sintético (nylon ou poliéster) que passará a idéia do negativo. Já a parte inferior da peça representa o “New Look” de Dior, onde a saia é bem ampla. O tecido utilizado será o algodão orgânico tingido na cor verde através de corante natural. A saia, juntamente com os fios sobrespostos a ela na cor marrom passam a idéia do natural, ou seja, a parte benéfica da tecnologia.
Nascida em Saumur-França em 1883, , após a morte de sua mãe, foi deixada, aos 12 anos, pelo pai num orfanato em Aubazine, na França. Ao sair do orfanato aos 18 anos,ganhou a vida cantando em um cabaré. Daí o apelido Coco, nome de um pequeno cachorrinho na letra de uma das musicas cantadas pela estilista, a chamada “Qui a vu Coco dans le trocadero?”. Anos depois, com a ajuda de seu amante Boy Capel, abriu um pequeno negócio para venda de chapéus que confeccionava. Chanel foi uma mulher a frente do seu tempo, uma mulher que, depois de ter sido obrigada a usar um uniforme de não-pagante no orfanato, criou “uniformes” adotados pela maior parte das mulheres do planeta. Chanel foi a primeira a usar o desprezado jérsei no início do século,e libertou o corpo das mulheres com seus modelitos soltos, resgatou peças do guarda roupa masculino para as suas criações, criou o prêt-à-porter,fez com que copiassem seu corte curto de cabelo e teve muitos amantes. Foi acusada de colaborar com os nazistas, sendo salva por Winston Churchill.
Usou tecidos utilitários, em total desacordo com os pomposos e sufocantes visuais de época, para fazer roupas basicamente chiques, jovens e casuais. Em tempos de mulheres submissas, era a própria personificação da modernidade.
Seus 87 anos foram intensos, cheios de dor, alegria, sucesso, pobreza, riqueza, paixões, persistência e decepções, mas sempre temperados com muitas doses de um orgulho ativo de muita intolerância com a mediocridade e o mau gosto.
OS RELACIONAMENTOS ATRAVÉS DA NOVAS MÍDIAS
Através da novas mídias , nos inserimos no mundo globalizado; que nos oferece algumas comodidades e praticidades , mas que ao mesmo tempo nos priva de relacionamentos físicos( pessoais , profissionais , etc.) Atualmente, a internet têm tomado o lugar das convivências físicas ; fazendo com que os indivíduos vivam um “tempo virtual’’ se relacionando através de uma tela; pois criou-se possibilidades antes impossíveis, como a troca de mensagens instantâneas que chegam ao destino somente alguns segundos depois de enviada. Porém , há alguns prós e contras nesse “tempo virtual", pois através dele as pessoas formam e mantém relacionamentos, sendo eles amorosos ,familiares ou profissionais .Por um lado se relacionar “virtualmente”é muito bom , pois nos permite estar sempre em contato com as pessoas que gostamos independente do tempo e da distância . Mas por outro lado ,a internet inibe a verdadeira identidade e os valores de alguns indivíduos , além de estreitar os laços humanos e a convivência física com as pessoas , podendo nos tornar “individuais e solitários , cada vez mais distante do mundo real. A interação proporcionada pela internet sem dúvida é importante para o relacionamento social, no entanto, deve ser dosada para que não passe dos limites.
Christian Dior (1905-1957) transformou a maneira de se vestir após a Segunda Guerra Mundial e criou o estilo dos anos 50. Quando todos previam simplicidade e conforto, ele propôs o luxo e a feminilidade extrema, copiados por mulheres do mundo inteiro.
Em 1947, Dior criou a coleção que o tornaria famoso em todo o mundo, o New Look.
Os vestidos New Look baseavam-se em parte, na moda de 1860. Tinham saias amplas, que se abriam a partir de uma cintura justíssima, e corpetes armados com barbatanas. As saias eram bem mais compridas, chegavam até a canela; eram pregueadas, franzidas, drapeadas e enviesadas, com muitos panos embutidos em forma de triângulo (chegavam a ter de 10 a 12 desses embutidos). Costumavam ser forradas de tule para ficarem bem armadas.
O New Look era o extremo oposto das roupas econômicas, impostas pelo racionamento durante a guerra, e teve repercussão internacional. Para um vestido médio, gastavam-se em geral de 6 a 9 mestros de tecido. As bainhas das saias tinham normalmente uns 8 metros de roda. Por esse e outros motivos, o estilo foi considerado dispendioso, extravagante e artificial. Mas muitas mulheres aderiram ao New Look e adotaram a “vespa”, uma cinta apertadíssima, para poderem usar modelos que exigiam uma cintura mínima.
Dentre os outros modelos criados por Dior, a "Linha Y" (em 1955), também ganhou destaque. Ela mostrava golas grandes em forma de "v" e estolas gigantes.
Tecnologia: Degradação ou Solução?
A tecnologia hoje é o combustível do mundo, porém pode causar danos ao planeta, sejam eles sociais, econômicos e principalmente naturais. Os agentes causadores destes danos estão tão introduzidos no nosso cotidiano, que nem mesmo percebemos ou sabemos que podem causar algum mal ao ambiente. Um exemplo são as lâmpadas fluorescentes. Elas economizam energia elétrica e tem durabilidade maior, porém, poucos sabem que se quebradas, liberam mercúrio, um metal capaz de poluir o solo e reservas hídricas. A liberação de gás carbônico pelos automóveis, levando ao fenômeno do aquecimento global, é mais um exemplo de poluição ‘quase’ involuntária.
No entanto, a tecnologia quando bem utilizada pode prevenir ou remediar os problemas mundiais. Porém, o rumo que a evolução da tecnologia vai tomar é decidido por poucos, que geralmente, são quem detém maior poder aquisitivo nas mãos, e que tem que decidir entre um lucro maior através dos avanços tecnológicos, mesmo que prejudique a natureza, ou optar por uma inovação menos lucrativa, mas que agrida menos ou não agrida o ambiente.
Não podemos dizer que não existem administradores que se preocupam e que estão investindo em avanços benéficos, porém ainda são tímidos. Pensando nisso, o trabalho mostrará que é possivel utilizar a tecnologia de forma positiva, que não agrida o meio ambiente, comprometendo o futuro da humanidade.
quarta-feira, 18 de março de 2009
Paul Poiret
Paul Poiret foi o grande costureiro do período que procedeu a Primeira Guerra Mundial. Criou uma nova linha de vestuário desaparecendo por completo com o espartilho. Ele defendia que a beleza do corpo feminino devia ser mostrada de forma natural. Foi uma verdadeira libertação para a mulher do século. Poiret criou uma nova silhueta com vestidos soltos e chemisiers, que fluem ao longo do corpo, livrando as mulheres das cores pálidas do século XIX.
Com inspiração na art nouveau, na indumentária oriental e nos figurinos exóticos do Balé Russo de Sergei Diaghilev, ele introduziu na alta-costura as cores vivas dos fauvistas, desenhou capas, saias e turbantes. Sua inspiração oriental ocorre quando em 1910 a Companhia de Balés Russos esteve em Paris e após a apresentação de Shérazade, cuja peça fez com que uma onda de orientalismo invadisse a cidade.
Ballets Russes
Foi uma série de balés criados por Sergei Diaghilev na Rússia. Começou em 1909 como um teatro de verão de Balé e ópera e em 1911 transformou-se em uma companhia de balé permanente. As cores, os tecidos e os modelos das roupas exerceram forte influência sobre a moda. Graças ao figurino, criaram-se tendências de cetins e sedas ricamente bordados, Calças de odalisca, turbantes e pedrarias.
Biomecânica
O futurismo do século XIX retratava movimento, velocidade, vida moderna, violência, máquinas e o rompimento com a arte do passado, ou seja, era abominado qualquer conceito que fosse ligado ao passado, causando no século XIX uma revolução nas artes. Porem o conceito de futurismo que abordaremos neste trabalho é a ligação com a biomecânica que é o estudo do corpo humano e seus movimentos.
A biomecânica é definida como o estudo do movimento e do efeito das forças internas e externas de um corpo. O movimento humano é o tema principal do estudo da biomecânica, ele é usado para interagir com o meio ambiente. De acordo com os estudiosos Joseph Hamill e Katheen Knutzen, foram nas décadas de 1960 e 1970 que a biomecânica começou a se desenvolver como conceito único. Nessa época a biomecânica estava sendo desenvolvida como uma área de estudo dentro dos currículos de graduação e pós-graduação nos Estados Unidos. Seu conteúdo era extraído de uma área da física, a mecânica, que se define como o estudo do movimento e efeito das forças sobre um objeto.
A Biomecânica estuda os movimentos dos homens e dos animais do ponto de vista das leis mecânicas (HOCHMUTH, 1973).
Proposta de trabalho
Temos como objetivo em nosso trabalho interligar as características da mulher natural de Poiret e das peças do exótico figurino do Ballets Russo, fazendo uma ligação do movimento natural do corpo humano que biomecânica pode oferecer através de seus conceitos na robótica.
Croquis
Bibliografia:
História da Moda do Século XX . Lehnert, Gertrud
Bases Biomecânicas do Movimento Humano, Joseph Hamill, PH.D. University of Massachusetts at Amherst, Kathleen M. Knutzen, PH.D. Western Washington University. Editora Manole LTDA.
Prof. Dr. Ricardo Machado Leite de Barros-Laboratório de Instrumentação para Biomecânica, Faculdade de Educação Física Universidade Estadual de Campinas -UNICAMP.
GRUPO DE BIOMECÂNICA- Universidade Federal de Minas Gerais; Tatiana Vargas de Castro Perilo, Fonoaudióloga, Especialização em Motricidade Orofacial,Mestranda em Engenharia Mecânica,Profa. Substituta do curso de Fonoaudiologia da UFMG
Redação do Site Inovação Tecnológica - www.inovacaotecnologica.com.br
Avaliando os acontecimentos contemporâneos, acreditamos que no futuro a sociedade voltará às origens, como sempre fez ao longo da história após passar por algum caos. Não vamos retroceder, mas vamos valorizar alguns costumes que andam esquecidos. A individualidade, falta de contato real com o próximo, violência nas ruas/trânsito, trabalhar cada vez mais, competir no mercado, acompanhar as mudanças rápidas, resistir ou superar as catástrofes ambientais, enfim, esta profusão de acontecimentos que envolvem a vida contemporânea e influencia até a arte, faz com que o homem queira um momento de sossego, “parar tudo” e olhar pra si mesmo, curtir sua própria companhia, se desligando ao menos por um instante desta correria cotidiana. Este comportamento pode ser visto em vários campos como alimentação, decoração, arquitetura, lazer, e, claro, na moda (roupas, calçados, acessórios, etc). O futuro há 100 anos era visto como crescimento tecnológico, roupas colantes metalizadas, evolução em prol do conforto do homem. Eles tinham certa razão: Hoje temos desenvolvimento de tecidos inteligentes, feitos com materiais diversos e aplicação de acabamentos que dão função às roupas. – se isto já acontece agora, a tendência é aumentar e cair nas graças da moda. Acreditamos que o homem buscará contato maior com o natural, terá uma ética de convívio sustentável. Se o indivíduo determina a tendência, logo a moda refletirá esta demanda em suas criações e releituras, contando com a nanotecnologia no aprimoramento e diferencial dos seus produtos.
Em 1951 nasce na cidade de Arles, na França, um menino provindo de uma família de classe média alta, na qual uma carreira na engenharia era um destino mais ou menos comum , mas Lacroix logo demonstrou ter outros sonhos para realizar na vida. Seu desejo era ir para Paris, mas acreditava não estar ainda preparado para aquela cidade difícil de conquistar, de acordo com sua avaliação. Quando finalmente chegou à capital francesa, decidiu fazer, no Louvre, um curso para tornar-se curador de museus em Paris, antes de encontrar sua profissão definitiva, e em apenas dez dias depois de sua chegada, ele conheceu numa festa uma jovem chamada Françoise Rosensthiel. E foi através dela, afinal, que o mundo da moda chegou a ele. Lacroix desenhou um convite para uma festa de aniversário de uma amiga de Françoise, Nicole, que logo viu naqueles traços tudo o que um estilista de moda precisa ter - personalidade, ousadia, criatividade. Foi através de Nicole que Lacroix acabou conhecendo Marie Rucki, diretora do lendário estúdio Berçot, de Paris, uma reconhecida lançadora de talentos de moda.Christian Lacroix é hoje conhecido como um estilista cuja criação é, no mínimo, exuberante no corte e especialmente nas cores que utiliza - um mago das cores costuma ser a definição da crítica. Seus tons favoritos são o vermelho e o laranja, e ele sabe combiná-los como ninguém, além de ousar outras parcerias entre o azul marinho e o branco, e entre azuis e rosas vibrantes. Seja o que for, pode não durar muito, com Lacroix: “Eu me recuso a ser prisioneiro de minha própria imagem”, costuma afirmar. Lacroix revolucionou a alto-costura parisiense, com suas cores exuberantes e seus volumosos vestidos, mas o designer também tem suas linhas de prêt-à-porter feminino, e além de fragrâncias da sua própria grife ele também licencia seu nome para outras empresas. Atualmente o estilista com a parceria dos empresários Nadia Murano e seu marido, Denis Nourry, foi convidado para “vestir” o interior do Hôtel du Petit Moulin. Localizado no Marais uma das regiões mais badaladas de Paris, cheio de lojas bacanas, de prédios antigos e gente moderna.
Thierry Mugler nasceu em Estrasburgo, na França, e desde adolescente criava seus modelos.Até definir-se como um criador de moda, ele integrou um grupo de balé, foi vitrinista de uma loja em Paris e viajou muito pela Inglaterra e pela Holanda. Ao voltar à França, em 1971, desenhou sua primeira coleção, mas só dois anos mais tarde é que assinou suas criações, que sempre se destacaram pela ousadia, pela sensualidade e pelas propostas divertidas.Nos anos 80, ele teve como sua consumidora mais famosa, e até mesmo sua inspiradora, ninguém menos do que Ivanna Trump, então casada com o empreendedor imobiliário e multimilionário Donald Trump. Mugler trabalho durante duas décadas, teve um estilo que se identificou muito ao seu tempo: Os ombros eram largos e acolchoados; as cinturas eram como de vespa. O reino do inseto era uma influência constante, como eram também a idade média, suas lendas e seus heróis, a estatuária gótica do leste da França, drapeados, armaduras e bustiês de Valquírias. O PVC era usado frequentemente, como eram os temas do espaço e de robôs.
Em 1997 foi o começo de uma parceria lucrativa com os cosméticos e a companhia franceses Clarins , as fragrâncias mais conhecidas de Thierry Mugler são " Angel" e " A-Men". A companhia de Thierry Mugler ficou mais conhecida pela sua linha de perfumes: a linha de alta-costura foi fechada em 2003, mas, reaberta para a coleção do inverno 2008, dirigida por Rosemary Rodriguez, anteriormente diretora de criação da marca Paco Rabanne, que igualmente criou a maioria de coleções ready-to-wear recentes.
Thierry Mugler tem trabalhado com interesses artísticos. Publicou dois livros de seus projetos em fotografia da forma: Thierry Mugler (1988) e Fashion Fetish Fantasy (1998). Em 1992, Mugler dirigiu o vídeo para George Michael "Too Funky". Recentemente, Mugler colaborou com o Cirque du Soleil em 2003 com o show "Zumanity" em um hotel em New York e em um casino de Las Vegas.
Thierry Mugler foi o escolhido para vestir Beyoncé na sua próxima turnê mundial. O "Woman's Wear Daily" conta com 58 looks criados especialmente para a estrela, sem contar as dos dançarinos e músicos. O estilista será também o diretor artístico desta turnê, cuidando dos cenários. Todos as imagens que estao em seu cd foram fotografadas com peças vintage do seu acervo.
Video "Diva" da cantora Beyoncé. As peças vintage utilizadas pertencem ao estilista Thierry Mugler.
A arquiteta iraquiana Zaha Hadid é um dos nomes mais importantes da arquitetura mundial e tem estampado manchetes nacionais e internacionais por conta de suas inserções no mundo da moda. Quem ainda não ouviu falar da exposição itinerante da Chanel que está percorrendo cidades da Ásia, europa e Estados Unidos? A estrutura futurista, que mais parece uma espaçonave, foi projetada por Zaha. Construída para abrigar interpretações sobre a bolsa 2.55, aquela em matelassê e com alça de corrente que virou sinônimo da marca francesa.
Em 2006, fez uma versão da bolsa ícone da Louis Vuitton para a galeria da grife na Champs-Elysées. Moldada em plástico, deu origem a um modelo híbrido entre o clássico LV Bucket, a bolsa clutch e o modelo pochete. Em 2008 fez trabalhos para Swarovski. Nos calçados depois de criar para a brasileira Melissa um modelo exclusivo, agora está trabalhando em um projeto para a francesa Lacoste. Conhecida por não seguir padrões, Zaha levou para o desenvolvimento de produtos a irreverência formal de sempre. o modelo para a Melissa tem formas sinuosas, inspiradas nos movimentos fluidos que acompanham as linhas do corpo. Com base na assimetria, ela cria uma idéia de movimento no design , alusiva a transformações contínuas. Para a Lacoste a inspiração veio do famoso logotipo da marca francesa.
Arquitetura
Formou-se em Matemática na Universidade Americana de Beirute. Após se formar, passou a estudar na Architectural Association de Londres. Depois de se graduar em arquitetura tornou-se membro do Office for Metropolitan Architecture (OMA), trabalhando com seu antigo professor, o arquiteto Rem Koolhaas. Em 1979, passou a estabelecer prática profissional própria em Londres. Na década de 80, também lecionou na Architectural Association. Grande parte da obra de Zaha Hadid é conceitual. Entre seus projetos executados estão: Vitra Fire Station (1993), Weil am Rhein, Alemanha Centro Rosenthal de Arte Contemporânea (1998), Cincinnati, Ohio, EUA Terminal Hoenheim-North & estacionamento (2001),Estrasburgo, França Bergisel Ski Jump (2002), Innsbruck, Áustria Zaha Hadid também realizou trabalhos de interiores alto-padrão, incluindo a Zona da mente no Domo do Milênio em Londres. Vencedora de diversas competições internacionais, alguns de seus projetos vencedores nunca foram construídos: notavelmente The Peak Club em Hong Kong (1983) e a Ópera da Baía de Cardiff em Gales, 1994. Em 2004, Hadid se tornou a primeira mulher a receber o Prêmio Pritzker de Arquitetura, pelo conjunto de sua obra. Anteriormente ela também fora premiada pela Ordem do Império Britânico pelos serviços realizados à arquitetura.
Nasceu em 24 de abril de 1952. Cresceu no subúrbio de Paris. Nunca teve educação formal como desenhista. Em 1970 foi contratado por Pierre Cardin como seu assistente. Em 1971 trabalhou com Jacques Esterel e Jean Patou. Sua primeira coleção foi lançada em 1976, no “Palais De La Découverte”, mas somente em 1981 que seu estilo irreverente tomou forma. Gaultier deixou a lingerie à mostra, fez trajes para a cantora Madona, incluindo o famoso soutien em formato cônico, promoveu o uso de saias, para homens se inspirado no Kilts, causou grande impacto, usando modelos nada convencionais (tatuadas, homens gordos, etc) em seu desfile. Jean Paul criou figurinos de muitos filmes, como: "O Quinto Elemento", "Kika", "The Cook The Thiel His Wife & Her Lover", entre outros. Em 1993, lançou uma linha de perfumes. Em 1997 ele entra no mundo da alta costura.
Atualmente Gaultier desenha para três coleções: A sua própria linha de alta costura, a linha Prêt-à-Porter e para Hermès . Assina também as linhas infantins, de Marc Jacobs, Levi´s e Zannier.
Na comemoração de 30 anos de carreira. Os críticos consideraram seu desfile brilhante, embora "mais respeitoso" e menos espetacular do que de costume.
" É preciso ver a pele, mostrá-la, revelá-la. Não é realmente uma questão de toque, mas de olhar"